Procon Pernambuco faz alerta sobre a Telexfree
Diario de Pernambuco - Diários Associados
Publicação: 25/01/2013 14:03 Atualização: 25/01/2013 17:46
Com a promessa de garantir lucro rápido e fácil, a empresa
norte-americana Telexfree tem despertado não só a curiosidade, como a
desconfiança de centenas de pernambucanos. Tanto que o Procon Pernambuco
vem recebendo desde o início do ano pedidos de informações a respeito
da legitimidade do negócio, que promete, através de uma plataforma VOIP,
remunerar quem aceita trabalhar na rede (leia mais sobre o assunto no
blog Vou Investir).
Para obter os ganhos, os adeptos da
ferramenta precisam publicar diariamente um anúncio da empresa em sites
da internet. No entanto, antes é necessário desembolsar uma taxa que vai
de US$ 299 (plano ADCentral) a US$ 1.375 (plano ADCentral Family). Os
ganhos prometidos pela Telexfree aos participantes variam de US$ 20 a
US$ 100 por semana, o que daria uma rentabilidade mínima de 6,68%
semanais, percentual acima de qualquer aplicação financeira tradicional
do mercado.
O que a Telexfree faz, segundo o Procon Pernambuco,
trata-se de um negócio conhecido por “Pirâmide de Ponzi”, onde o lucro
dos participantes é condicionado à adesão de novos investidores. Isto é:
quem já está no negócio é remunerado com a verba dos outros entrantes. O
órgão esclarece que caso o cidadão que entrou no negócio seja lesado, a
denúncia deverá ser feita ao Ministério Público ou à Polícia Federal.
Entenda
A pirâmide tem o nome por conta do imigrante italiano Charles Ponzi,
que conseguiu fazer fortuna rapidamente nos Estados Unidos utilizando
esse método. O sistema financeiro é insustentável e funciona à base de
novos investidores. Os primeiros envolvidos investem e conseguem lucrar
recrutando outros participantes, porém, quanto maior o alcance da
pirâmide, menos sustentável ela fica, pois depende dos investimentos
posteriores. Sem novos recursos, a grande parcela dos envolvidos fica no
prejuízo.
No mercado, negócios deste tipo têm recebido o nome
de “marketing multinível”, atividade que já foi praticada por outras
empresas no passado, como a também americana Amway ou a brasileira
Avestruz Master, que decretou falência anos atrás.
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